Chelsea: O caminho para a Glória (Parte 6)

 

Como esquecer aquela noite de Munique? Como esquecer aquele gol de cabeça de Drogba no final do jogo? Como esquecer aquele pênalti batido pelo nosso atacante, levando o time ao título inédito da Uefa Champions League?

Difícil esquecer… ainda mais levando em conta todo o caminho até ali, passando pelos sofrimentos que o time passou. Perdeu a final em Moscou em 2008. Em 2009, com um time muito bem montado, chegou longe, sendo eliminado pelo Barcelona, em um jogo “esquisito” (vulgo roubado). Depois em uma fase de grupos difícil na Champions em 2012, em um milagre contra o Napoli nas oitavas, um jogo incrível contra o Barcelona novamente, na revanche do time contra o time catalão. E aquela noite inesquecível de Munique...O caminho foi longo até chegar ao título europeu e hoje contarei um pouco como o Chelsea chegou à glória, passando por várias dificuldades enfrentadas no percurso.

Após eliminar o Barcelona naquele jogo maluco e incrível, pelas semifinais da Uefa Champions League, o Chelsea chegava para a final, pela segunda vez em sua história, para enfrentar o poderoso time do Bayern de Munique, em final realizada na Allianz Arena, na Alemanha, na casa do time bávaro.

Com todos os temperos preparados para essa finalíssima, que prometia ser incrível e impressionante, os Blues começaram as semanas preparativas para esse jogo, vencendo o Blackburn pelo Campeonato Inglês, terminando a temporada na sexta posição, depois de uma escalada e oscilações nas posições do time na temporada e além disso, conquistou a aclamada e histórica Copa da Inglaterra, a F.A Cup, em cima do rival Liverpool. O Chelsea foi embalado e buscou ir para cima do time de Munique, para enfim, conquistar sua primeira Liga dos Campeões da Europa.

O jogo ocorreu em uma tarde de 19 de maio, de 2012. Os preparativos para essa finalíssima se dava a todo vapor, muitos torcedores ingleses foram para a Alemanha, em busca de acompanhar essa grande decisão, prometendo apoiar os azuis de Londres, da melhor maneira possível, mas não seria tarefa fácil, já que a ampla maioria dos torcedores eram bávaros, jogando em casa, na Alemanha, prometendo incentivar seu poderoso time, em busca de mais um título europeu.

Se não bastasse todos esses temperos e adversidades para o jogo, o treinador do Chelsea, Roberto Di Matteo, contaria com alguns desfalques importantes para o jogo. John Terry, o capitão do time, não pôde jogar, por ter sido expulso no segundo jogo das semis contra o Barça, mesma coisa de Ramires, pelo acúmulo de cartões amarelos. Além deles, Ivanovic, suspenso também e Raul Meireles, importante jogador de elenco, também estava fora, com uma lesão muscular.

Com todas esses problemas, o time escalado pelo Chelsea para a finalíssima foi: Cech; Bosigwa, David Luiz, Cahill e Ashley Cole; Mikel, Lampard e Bertrand; Mata, Kalou e Drogba no comando de ataque do time. Destaque para a escalação de Bertrand, realizando seu primeiro jogo na UCL, nada mais nada menos, na grande final. Confiança total do treinador, demonstrada no atleta, formado pelas categorias de base do Chelsea. Os Blues foram em busca de se defender bem, com todas suas forças e apostas nos contra-ataques e nas bolas paradas, para sair vencedor.

O Bayern de Munique, comandado por Jupp Heynckes, contava com alguns desfalques importantes também. Badstuber, Alaba e Luiz Gustavo não jogariam a final. Portanto, ele escalou o time com: Neuer; Lahm, Boateng, Tymoshchuk, Contento; Schweinsteiger, Kroos, Ribéry, Robben; Muller e Mario Gomez no comando de ataque. Um time com a formação 4-4-1-1 utilizada regularmente pelo time bávaro, foi a escolhida pelo treinador, para ir em busca de mais um título europeu para o time alemão.

Logo quando a bola rolou, o Chelsea utilizou da mesma estratégia utilizada nos confrontos contra o Barcelona, com o time dando a posse de bola para o adversário e apostando nas jogadas rápidas de contra-ataque e nas bolas paradas do time. Dessa vez, não contando com Ramires, o treinador buscou apostar nas velocidades de Bertrand e Kalou pelos lados do campo e com Mata e Lampard, batendo bem na bola, nas cobranças de faltas e escanteios, para encontrar Drogba.

O atacante marfinense era o único homem que não estava atrás da linha da bola dos Blues, que armaram uma muralha azul em frente ao gol defendido por Cech. O jogo, bem estudado pelos dois times, com o Bayern mantendo a posse de bola, mas sem chegar com real perigo, não teve muitas chances claras na primeira etapa.

A primeira chegada com mais perigo, foi do Bayern, aos 20. Em chute colocado de Robben, Petr Cech, sempre ele, estava lá para defender com os pés, fazendo com que a bola tocasse na trave, antes de sair para escanteio.

O Chelsea respondeu aos 34 minutos, em cobrança de falta para os Blues, Mata foi para a bola e tentou surpreender Neuer. Ele bateu colocado, mas a bola subiu demais e foi para cima do gol defendido pelo alemão. Resposta do Bayern foi quase imediata. Muller, em chute forte, quase marcou, mas a bola saiu para linha de fundo.

O time bávaro tentou por mais duas vezes, mas sem grande perigo. Gomez, em chute forte, mandou a bola longe do gol defendido por Cech e Ribéry, tentou passar pela marcação de David Luiz, mas o zagueiro brasileiro foi bem, impedindo o ataque mais perigoso do Bayern, indo para o intervalo com o placar zerado entre Chelsea x Bayern.

Logo quando começou a segunda etapa, o time alemão veio para cima novamente e quase abriu o placar aos 8 minutos. Robben e Ribéry fizeram grande jogada coletiva, deixando o jogador francês abrir o marcador, mas por questão de centímetros, o bandeirinha anulou o gol. Os blues respiravam e o placar continuava zerado.

O Chelsea buscou responder a essas chegadas pelo Bayern e quase abriu o marcador. Em cobrança de escanteio ensaiada, Mata cruzou e Drogba chutou forte, mas infelizmente a bola saiu muito forte e saiu sobre o gol de Neuer.

No final da partida, aos 38 da segunda etapa, Kroos fez boa jogada individual e cruzou a bola, milimetricamente para Muller, que em um cabeceio sozinho, livre de marcação, escorou a bola para o fundo das redes, abrindo o placar para o time do Bayern. 1 a 0, faltando pouco tempo para os Blues reagir… Será que conseguiríamos?

O treinador do Chelsea, Di Matteo, vendo que seu time estava atrás do placar, chamou Fernando Torres, o herói improvável contra o Barça, para ser o mesmo herói do jogo… No final da partida, em jogada pela linha de fundo do espanhol, ele conseguiu um escanteio importante, para Mata mandar a bola na área.

Em cruzamento preciso de Mata, a bola encontrou ele… o verdadeiro herói e o melhor jogador do Chelsea nessa Champions, Didier Drogba, que com um cabeceio preciso, parecendo um chute ou uma bomba de cabeça, a bola foi para o fundo das redes. Os Blues conseguiram o empate faltando pouco tempo para acabar o tempo regulamentar e estavam vivos para conquistar o título inédito da Uefa Champions League.

O jogo foi para a prorrogação. Os dois times cansados e exaustos, depois de uma longa temporada, jogariam mais 30 minutos de tempo extra. O Bayern manteve a postura do jogo todo e foi para cima do Chelsea, em busca de evitar as penalidades.

No começo, Lahm, em um belo cruzamento na área, Ollic quase marcou para o time alemão. Em sequência, foi a vez de Gomez, mas ele mandou a bola para fora. Outra chegada do time bávaro ocorreu, com mais perigo. Em dividida entre Kroos e Cech, a bola tomou o caminho do gol, mas o brasileiro David Luiz, estava lá em cima da linha para salvar os Blues.

Em pressão constante do Bayern, os jogadores do Chelsea todos atrás da linha da bola marcando, Drogba em uma dividida com Robben, calçou o meia holandês e foi assinalado pênalti para o time bávaro. Robben contra Cech. Ele partiu para a bola e … Petr Cech sensacional, faz a defesa e consegue salvar os Blues de tomar o gol na prorrogação, conseguindo levar a decisão para as penalidades máximas decisivas. O Chelsea respirava e como ocorreu 4 anos antes, em Moscou, a decisão da Uefa Champions League foi para os pênaltis.

Quem começou as cobranças foi o Bayern. Lahm foi o primeiro a bater e gol do Bayern. 1 a 0. Mata, pelo Chelsea, errou a cobrança, dando vantagem para o time alemão. Em sequência, Gómez marcou para o Bayern. 2 a 0. David Luiz partiu e diminuiu. 2 a 1. Depois foi a vez de Neuer, o goleirão mandou no canto de Cech e fez 3 a 1. Lampard descontou com uma bomba no meio do gol. 3 a 2. Ollic foi o próximo pelo Bayern e Cech fez a defesa. Em seguida, Ashley Cole empatou as penalidades. Na última cobrança do time alemão, Schweinsteiger mandou na trave.

E os Blues, precisavam apenas de um golzinho para ser campeão. Em Moscou, nessa mesma situação, John Terry perdeu a cobrança, porque Drogba, expulso, não pode bater a última cobrança. Agora, o atacante marfinense estava em campo e estava tudo em suas mãos. Didier Drogba, partiu para a bola, caminhou e bateu…

 GOOOOOOOOOOOOOOOL do Chelsea, os Blues são os campeões pela primeira vez na sua história da aclamada e gloriosa Uefa Champions League.

QUE JOGO. QUE HISTÓRIA. Que reviravoltas incríveis. Quando tudo parecia perdido, os Blues conseguiram. O primeiro e único time londrino a erguer a taça de campeões da Liga dos Campeões da Europa. O ORGULHO de Londres, estava cada vez maior. O maior time da cidade. Um time que não desistiu em nenhum momento e que mereceu o título. Em jogos espetaculares contra Napoli, Barcelona e Bayern de Munique. Uma campanha inacreditável na Champions.

Alegria reinando em Londres, no mundo à fora. Torcedores comemorando essa incrível façanha do Chelsea, que mesmo não sendo os favoritos, foram quem ergueram a taça de campeão. Que orgulho é torcer por esse time, em um momento que ficou e ficará marcado na história.

É isso aí galera! Depois de jogos e campanhas incríveis ao longo dos anos, o Chelsea conseguiu chegar a sua glória, conquistando pela primeira vez na história o título da Liga dos Campeões da Europa.

A esperança é que, em breve, os Blues consigam levantar essa taça incrível, mais uma vez… Será que Super Frank Lampard conseguirá essa façanha de vencer como jogador e treinador dos Blues? Só o tempo dirá... Torceremos para que sim!

Obrigado pela audiência e até a próxima!

Fiquem atentos no blog, para mais notícias dos Blues!

Um abraço a todos!



Fontes e fotos utilizadas: Globo, Site da Uefa, Espn.


Comentários

  1. Chelsea teve tantos elencos melhores, mas ganhou num ano em que não se esperava muito e ainda mais com di matteo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, foi um ano atípico kkkkkk O que contou foi a raça do time e alguns jogadores jogando muito, como Drogba, Ramires, Lampard, até alguns não muito falados, como Bosigwa e Mikel! E Di Matteo, de vários outros bons treinadores que passaram, que não conseguiram, ele conseguiu... um grande feito do italiano!

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Chelsea: O caminho para a Glória (Parte 5)

O jogador que chega para mudar o patamar do Chelsea