Chelsea: O caminho para a Glória (Parte 5)

 

Como esquecer aquela noite de Munique? Como esquecer aquele gol de cabeça de Drogba no final do jogo? Como esquecer aquele pênalti batido pelo nosso atacante, levando o time ao título inédito da Uefa Champions League?

Difícil esquecer… ainda mais levando em conta todo o caminho até ali, passando pelos sofrimentos que o time passou. Perdeu a final em Moscou em 2008. Em 2009, com um time muito bem montado, chegou longe, sendo eliminado pelo Barcelona, em um jogo “esquisito” (vulgo roubado). Depois em uma fase de grupos difícil na Champions em 2012, em um milagre contra o Napoli nas oitavas, um jogo incrível contra o Barcelona novamente, na revanche do time contra o time catalão. E aquela noite inesquecível de Munique...O caminho foi longo até chegar ao título europeu e hoje contarei um pouco como o Chelsea chegou à glória, passando por várias dificuldades enfrentadas no percurso.

Depois de eliminar o Napoli em uma virada incrível na segunda partida e eliminar o Benfica em um confronto teoricamente mais tranquilo, o Chelsea enfrentou o Barcelona nas semifinais da Uefa Champions League. O mesmo time que os Blues em 2009 foram eliminados, naquele jogo roubado, pelas mesmas semifinais. Era hora da revanche.

O primeiro jogo foi em casa, no Stamford Bridge, com o apoio do seu torcedor. O Chelsea não queria desperdiçar a chance da revanche e ir em busca de ganhar sua primeira Liga dos Campeões. Os Blues, com sangue nos olhos, como dizem, foram em busca da classificação para a finalíssima.

Na primeira partida das semis, o treinador Di Matteo montou o time com: Cech, Ivanovic, Cahill, Terry, Ashley Cole; Mikel, Raul Meireles, Lampard; Ramires, Mata e Drogba no comando de ataque do Chelsea. Os Blues foram com a proposta de se defender e apostar na velocidade dos alas, para conseguir marcar nos contra-ataques.

O Barcelona, treinado por Guardiola, foi para o jogo com a seguinte formação: Váldes; Daniel Alves, Puyol, Mascherano, Adriano; Busquets, Xavi, Fábregas; Iniesta, Sanchez e Messi na frente. Com a famosa formação sem um “9” fixo, com vários jogadores flutuando, o time catalão apostou na sua força ofensiva e na posse de bola, para avançar a final.

Logo quando o juiz apitou o jogo, o Chelsea entregou a bola para o Barça e se armou defensivamente. Aos 9 minutos, quase gol do time catalão. Em belo passe de Iniesta, Alexis Sanchez chutou a bola na trave. Logo depois, em bela troca de passes entre Fábregas e Messi, a bola sobrou para Iniesta, que bateu para o gol. Cech fez uma defesaça, para salvar os Blues.

Novamente o Barça chegou, em belo lance de Fábregas, a bola tomou o caminho das redes, para Ashley Cole estava lá, para salvar a bola em cima da linha. O Chelsea respirava. Com bolas longas para Drogba, os azuis de Londres não vinham criando muitas chances, ficando com o atacante marfinense muito isolado na frente, até que…

No final da primeira etapa, em belo lançamento de Lampard para Ramires. O brasileiro que vinha atuando como ala, estratégia essa adotada por Di Matteio, para apostar em sua velocidade, deu um cruzamento milimétrico para Didier Drogba. O camisa 11 dos Blues cabeceou com força e estufou as redes do time catalão. Gol do Chelsea. 1 a 0, antes do intervalo, para dar tranquilidade para o time.

Quando recomeçou o jogo, mais pressão do Barcelona. Em belo passe de Fábregas (o espanhol que virou jogador do Chelsea no futuro, vinha jogando muito nesse jogo), o lateral-esquerdo Adriano escorou a bola para o gol, mas Cech de novo estava lá, para salvar a meta dos Blues.

Pedro (outro jogador que foi para o Chelsea no futuro) entrou para o lugar de Sanchez na metade do segundo tempo, para tentar mudar o jogo e conseguir o gol de empate. No final do jogo, quase o Barça empatou. Em uma sequência de jogadas ofensivas, primeiro com Puyol, que em belo cruzamento de Messi, cabeceou para fora. Depois foi a vez de Pedro, acertar a trave e quase marcar, e no final, Busquets desviou a bola por cima do gol.

Final de partida, o Chelsea conseguiu uma bela vantagem para o jogo de volta, em um jogo muito difícil. Comemoração gigante do banco de reservas e de todos os jogadores em campo. Da torcida, que apoiou o jogo inteiro no Stamford Bridge. Os azuis de Londres foram para a Catalunha, precisando de apenas um empate sem gols para classificar. E que jogo foi esse...

Os Blues precisando apenas de um empate para passar para a final, foi escalado pelo seu treinador Roberto Di Matteo com: Cech, Ivanovic, Cahill, Terry e Ashley Cole; Mikel, Meireles e Lampard; Ramires, Mata e Drogba no comando de ataque. O treinador optou pelo mesmo time do jogo de ida e foi com força total em busca da vaga para a final.

O Barcelona, foi escalado por Guardiola com a seguinte formação: Valdés; Piqué, Mascherano e Puyol; Busquets, Xaví, Iniesta e Fabregas; Cuenca, Messi e Alexis Sanchez. O treinador fez algumas mudanças, buscando colocar um time mais ofensivo e ir para cima dos Blues.

O jogo começou, com uma pressão enorme do time catalão, repetindo como foi no primeiro jogo. Logo no começo, Cahill e Piqué tiveram uma dividida forte e foram substituídos com lesões. No Chelsea entrou Bosigwa e no Barça, Daniel Alves.

Aos 34 minutos, depois de uma pressão enorme do Barcelona, o gol saiu. Em cobrança de escanteio, Daniel Alves pegou o rebote e lançou para Cuenca, que com um cruzamento preciso no meio da área, achou Busquets, que finalizou forte para o fundo das redes. 1 a 0 Barcelona. O que parecia ruim, ficou ainda pior para o Chelsea. John Terry deu uma “paulistinha” em Puyol e o juiz deu cartão vermelho para o zagueiro inglês, o acusando de agressão.

Aos 43, com um a mais e pressionando bastante, mais um gol do Barça. Sanchez tocou para Messi, que rolou para Iniesta, tirar de Cech e fazer 2 a 0 no placar. Fatura liquidada? Era o fim para os Azuis de Londres? 2 a 0 contra, com um a menos… Muitos pensavam que já era… Até que…

Lampard no meio de campo deu um passe milimétrico, na velocidade para Ramires. O meia brasileiro com um toque lindo, maravilhoso, esplêndido, incrível, sensacional de cobertura, encobriu o goleiro Váldes e marcou um tremendo de um GOLAÇO. O Chelsea estava mais vivo do que nunca e passava nesse momento, para a final da Uefa Champions League.

No começo do segundo tempo, mais pressão do Barcelona. O Chelsea, com um a menos e se classificando para a final, nada mais poderia fazer, a não ser se defender e foi o que fez, mas logo no começo, pênalti para o Barcelona. Messi na bola, o melhor do mundo, contra Cech, ele partiu bateu e… ERROOOOOOOOOU. O Chelsea continuava em vantagem.

Di Matteo, vendo o desgaste físico dos atletas, resolveu mexer. Tirou Mata e colocou Kalou e trocou Drogba por Fernando Torres, o El niño Torres, para críticas de muitos comentaristas, que não concordaram com essa mexida do italiano, até o criticando por isso.

No final do jogo, pressão do Barcelona na área, a bola ia e voltava para a área dos Blues, até que Bosigwa meteu um chutão pra frente, a bola encontrou ele, Fernando Torres, com meio campo sozinho para correr. Ele partiu e foi carregando a bola pra cima de Váldes, viu o goleiro saindo e deu um drible incrível no goleiro e escorou para o fundo das redes. Goooooool do Chelsea, gol de Fernando Torres.

O Chelsea estava classificado para a final da Liga dos Campeões da Europa, pela segunda vez em sua história e ia em busca do título inédito da competição. Festa da torcida, festa do banco, festa do treinador Roberto Di Matteo, que conseguiu levar o time para a final, depois de chegar no time na reta final da temporada. Que incrível. Os Blues iam em busca do título inédito…

Enfrentariam nada mais, nada menos, do que o poderoso Bayern de Munique e a final seria justamente, na Alemanha, no estádio do Bayern, na Allianz Arena, no dia inesquecível de 19 de maio de 2012…

Essa história deixo para contar para vocês na próxima semana!

Um abraço a todos!

Fontes e Fotos: Globo, Skysports, Veja, LanceNet.


Comentários

  1. Jogaço de bola, um dos jogos mais emocionantes que já assisti. E o Fernando Torres calou a boca do Galvão. Incrivelmente Bosigwa, que era lateral direito, entrou como zagueiro e foi um dos melhores do Chelsea na partida.

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    1. Foi demais, até mais emocionante que a final, por tudo que representou esse jogo, ainda mais com ninguém botando fé no Chelseão! Bosigwa jogou muito realmente, ele e Mikel, os dois questionados foram monstros demais!

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  2. Gol do Torres kkkkkkkkkkkkk. Esse jogo foi louco.

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    1. O Chelsea teve uns jogadores que jogaram os jogos da vida nessa champions kkkkkkk foi da hora demais!

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